Quero perdoar Jim dizia ela (para o seu pastor), mas simplesmente não consigo deixar isso para lá. Meus sentimentos oscilam. Em um momento, sinto-me ferida, rejeitada, desvalorizada e não atraente, como se eu fosse um fracasso. Por que razão Jim iria até essa outra mulher? Então, no momento seguinte, fico brava como um vespa, querendo gritar e arrancar a cabeça dele por ter feito essa coisa terrível para mim.
Parece-me que você não está apenas ferida, mas também desamparada – disse-lhe o pastor. Você quer perdoar, mas você não consegue porque todos esses sentimentos de vulnerabilidade e de raiva atrapalham.
Sim, é exatamente isso – respondeu Beth. Dizer que quero perdoar é fácil, quer dizer, mais ou menos fácil. Mas quando temos realmente de perdoar e ter certeza de que eu o fiz, simplesmente não consigo chegar lá.
O que a impede – perguntou o pastor.
Bem, fico pensando que, se ele fez isso uma vez, ele vai fazer de novo.
A segurança do seu casamento foi violada por isso Beth se sente insegura e angustiada. Ela foi também desonrada. Seu marido fracassou em levá-la ao ponto do bem mais precioso de sua vida. Nesses fracassos, ele a privou de dois dos elementos mais cruciais de um casamento estável – segurança e honra. Arrancou-se o âmago do relacionamento, porque ele fez um compromisso e quebrou. Beth sente-se a deriva, insegura, desprotegida, confusa e desonrada. Não é de admirar que seu pêndulo emocional oscile continuamente da raiva à vulnerabilidade. Ela não sabe a que recorrer para ter segurança.
Beth – disse-lhe o pastor olhando diretamente em seus olhos – você quer saber porque tem problemas pra perdoar Jim?
Ah, sim, por favor, me diga – disse ela.
É porque o seu coração não está aberto. O medo faz seu coração se fechar para Jim. Você teme que ele, PR ter feito isso uma vez, o faça novamente. Você permite que ele controle suas emoções, em vez de assumir o controle delas você mesma.
Mas isso é um casamento – respondeu ela. – Devemos confiar um no outro para o amor a honra, e a segurança. Foi que prometemos na cerimônia de casamento.
Isso é verdade – respondeu o pastor. Mas os seres humanos falham uns com os outros. Somos caídos e fracos, assim sucumbimos à tentação e desapontamos um ao outro. Essa é a razão porque não podemos permitir que nossa felicidade dependa de outra pessoa – nem mesmo de nosso cônjuge. Nem mesmo se os votos foram forjados em aço e selados com anéis e beijos. Você deve encarar o fato de que você é sempre responsável por seus próprios sentimentos. E quanto melhor você cuidar dos seus sentimentos, menos você precisará de Jim para fazer isso por você. Se aprender a cuidar dos seus sentimentos e administrar a sua dor, então mesmo que Jim a machuque novamente, será doloroso, mas você ainda pode ficar bem. Você deve atingir um ponto em que seus sentimentos, sua felicidade, sua mais profunda segurança não dependam dele.
Uma vez que adote esta atitude, você pode tomar como um presente qualquer coisa boa que Jim der a você e aprecia-la sem fazer disso uma necessidade absoluta para o seu bem estar. Faça isso, e isso a libertará para perdoá-lo. O controle de sua felicidade fica em suas próprias mãos, e isso permite que o perdão venha mais facilmente.
Como chego a esse ponto? – perguntou Beth.
Você deve ser preenchida por Deus – respondeu o pastor. Você deve encontrar sua segurança no Senhor. A seguir expliquei como um relacionamento com Deus é nossa única fonte real de segurança.
Agora, ao contar essa coisa a Beth, não a estava a ajudando a restabelecer seu casamento. Ao menos, não diretamente. O principio de ser responsável por si mesmo apenas estabelece a fundação para a restauração. Restaurar o casamento significa cumprir determinadas etapas de reparação. Mas a reparação não pode começar sem o perdão; o perdão não pode acontecer sem o coração aberto; e o coração não se abre até que o medo seja removido. Beth se sentirá livre para perdoar Jim quando seu coração estiver aberto. Seu coração se abre quando você percebe o quanto já foi perdoada, e quanto você permite que Deus use a sua dor para torná-la mais parecida com sua imagem. O ressentimento desvanece enquanto os tesouros do caráter de Deus vagarosamente penetram em seu coração e reformam seu comportamento.
Jim mostrou que se coração estava aberto para reparar o casamento quando ele assumiu a posse da dor que ele tinha causado e procurou o perdão. Mas se Beth pensa que o seu bem estar último ainda depende de ele fazer a coisa certa, seu coração se fechará, e o apelo de Jim encontrará ouvidos surdos e medos paranóicos. Enquanto ela depender dele para a sua felicidade, ela nunca poderá perdoar porque ela nunca poderá ter certeza. O coração se abre apenas quando se sente seguro e protegido. Mas por mais importante que seja criar segurança um para o outro no casamento, somos imperfeitos em nossa habilidade de propiciar segurança. Nuca nos sentiremos realmente seguros até que enraizemos nosso segurança em nosso relacionamento com Deus.
Toda vez que explico isso para alguém, a resposta é esta: Você quer dizer que se eu aprender a cuidar dos meus próprios sentimentos e se me tornar confiante de meu relacionamento com Deus, posso administrar minha dor e chegar a um bom lugar? Então mesmo que ele me fira novamente, assim mesmo posso manter meu equilíbrio e sair dessa situação bem? Sim, é isto que estou dizendo. Pessoas que enraízam sua segurança em Deus são livre s para perdoar e restaurar seu relacionamento abalado. Meu cônjuge pode falhar comigo porque ele é um ser humanos caído, assim como eu. Mas Deus nunca falha comigo. Ele me perdoa quando preciso, então, porque eu não devo perdoar os outros?
O perdão é essencial mas não vem naturalmente para nós. Perdoar, e especialmente procurar o perdão, fere nosso orgulho. Representa baixar sua guarda e adotar uma atitude de humildade. Isso não é fácil, mas você não consegue encontrar a paz até que o faça. Deus dá sua graça apenas aos humildes. Uma pessoa humilde se submete a Deus e luta para se tornar semelhante a ele, seguindo seu caminho. Deus perdoa – e como ele perdoa! E para nos tronarmos como ele, devemos perdoar também.
Texto extraído do livro: Eu Prometo
Autor: Gary Smalley